sábado, 7 de junho de 2008

[Modo mal-amada: on]

Eu sempre fui uma grande sentimental, do tipo mais mulherzinha possível. Sempre acreditei no amor, em príncipe encantado, e antes de tudo, sempre acreditei que ninguém consegue ser feliz sozinho, sem amor. Mas ultimamente estou começando a concordar com a tese de que o ser humano não nasceu para ser monogâmico, o amor da sua vida não existe, e é possível SIM ser feliz sem esse amor.
E eu não falo por mim, não! Pelo contrário... Quanto mais eu sou monogâmica, acredito no amor da minha vida e acredito que não consigo ser feliz sem ele, mais me provam o contrário.
Se você for parar pra pensar, é até mais saudável viver sem amor. Amor dói, machuca, te derruba, e as lágrimas derramadas num fim de tarde sob uma embalagem vazia de chocolate são completamente dispensáveis, assim como a montanha russa emocional também é. Se amar fosse bom, psicólogos não ganhariam tanto dinheiro e anti-depressivos não fariam tanto sucesso. Os sadomasoquistas que me perdoem, mas dor não costuma trazer prazer.
Já estou conformada em viver sozinha, ter alguns animais, quem sabe adotar uma ou outra criança e preencher o vazio com boas ações e sucesso profissional. Chega de aperto no coração, de dúvidas, desconfianças, ciúmes...
Pode ser a TPM falando mais alto, mas hoje, mais do que nunca, estou defendendo o discurso: quer sentir dor? Prenda o dedo na porta. A sensação é a mesma e quem sabe até machuque menos.

[Modo mal-amada:off]