terça-feira, 26 de agosto de 2008

Carta sobre o amor próprio e suas peculiaridades.

Wanice,

Hoje enquanto estava naquele café perto da rua XV que eu sei que você adora comecei a reavaliar nossa relação e vi que não tenho te tratado como você merece.
Não posso negar que esse teu temperamento forte, essa incrível mania de querer ter certeza de tudo antes de decidir qualquer coisa, esse teu medo e essas tuas inseguranças me irritam um pouco... Sem contar a barriguinha saliente que a gente tem que melhorar e umas coisinhas aqui e ali que sempre podem ser ajeitadas...
Mas quando penso no seu bom humor, no seu companheirismo, no jeito de mãe querendo acolher e ajudar todo mundo... Quando penso no teu sorriso, nas tuas mãozinhas de boneca, nas curvas (que só a gente sabe o quanto você rala pra manter), os defeitos são apenas detalhes... Sem mencionar sua incrível habilidade culinária (brigadeiro e pipoca), e as trapalhadas que só você consegue se meter e me fazem rir muito depois (mas bem depois).
Quando parei pra pensar, vi que tenho te deixado de lado, tenho priorizado outras coisas, sendo que deveria priorizar você! Sim, você! A única que sabe como me fazer feliz, sabe de tudo que eu gosto e me conhece melhor que qualquer outra pessoa (irônico, não?).
Portanto, prometo nunca mais colocar meus amigos, meus estudos, ou qualquer outro compromisso na sua frente. Prometo nunca mais te forçar a sair quando tudo que você quer é um filminho com pipoca debaixo das cobertas... Prometo cuidar melhor de você e nunca mais perder aqueles 5 minutinhos a mais na cama. Prometo ouvir os seus (e só os seus) conselhos, e se alguma coisa der errado, prometo culpar o universo (nunca você).
Obrigada por ser a única a me entender, a me acalmar, a me completar.

Eu te amo e seu amor me basta.

Um beijo,
Wanice.